Entre as dezenas de publicações semanais ou mensais de revistas brasileiras, são poucas as que se destacam não somente pelas boas reportagens, mas também pelas incríveis ilustrações e supreendentes infográficos. Aliás, folheando revistas como Superinteressante ou Mundo Estranho, sempre ficava me perguntando: "Que desenho legal! Como eles fizeram isso?" Com muito trabalho e criatividade, sem dúvida. Entre ilustrações digitais, feitas em programas como Photoshop ou Corel Draw, impressionam as que são feitas como nos velhos tempos, com lápis de cor, tinta guache, aerógrafo, nanquim, e até mesmo Lego ou massa de modelar! Eis, então, a exposição Ilustrando em Revista, que acompanha a trajetória histórica da arte que é publicada nas revistas da editora Abril, e exibe no Centro Cultural da Justiça Federal no Rio de Janeiro, as obras originais que foram para as páginas das revistas. A mostra registra o traço de ilustradores famosos como Ziraldo, Rogério Nunes e Negreiros, além do detalhismo de Patrícia Lima e Benicio, por exemplo. Entre escolha de técnica e idéia, os ilustradores também devem pensar na matéria, e idealizar o desenho na página, pensando no tamanho do texto, na posição, e é claro, na dobra da revista.
Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, o espaço é ainda mais importante, já que ele define o tamanho da história. No workshop dos irmãos quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá, o recado foi bem claro: "Nosso trabalho é 90% de pensamento, e 10% de desenho. Não é preciso ser um gênio em desenho para fazer história em quadrinhos. O mais importante é pensar a história no papel e nos quadros, seja para um HQ de 40 páginas, ou para uma simples tirinha".
Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, o espaço é ainda mais importante, já que ele define o tamanho da história. No workshop dos irmãos quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá, o recado foi bem claro: "Nosso trabalho é 90% de pensamento, e 10% de desenho. Não é preciso ser um gênio em desenho para fazer história em quadrinhos. O mais importante é pensar a história no papel e nos quadros, seja para um HQ de 40 páginas, ou para uma simples tirinha".
Ilustração: Ricardo Cunha Lima - professor de Jornalismo Gráfico da Escola de Comunicação da UFRJ. Revista Mundo Estranho.